Morre, aos 96 anos, arquiteto americano-canadense Frank Gehry
O arquiteto americano-canadense Frank Gehry, um dos poucos em sua profissão a alcançar o status de superastro em todo o mundo, morreu nesta sexta-feira (5) aos 96 anos.
Criador de edifícios emblemáticos como o Museu Guggenheim de Bilbao (Espanha) e o Walt Disney Concert Hall de Los Angeles, Gehry faleceu "esta manhã em sua casa em Santa Monica, após uma breve enfermidade respiratória", informou seu escritório em um e-mail.
Gehry foi talvez o maior entre os chamados "starchitects" (um grupo de elite que inclui Renzo Piano, Rem Koolhaas e Norman Foster, entre outros) e, embora aproveitasse a fama, detestava esse rótulo.
"Há pessoas que projetam edifícios que não são nem técnica, nem financeiramente bons, e outras que o fazem", disse ao jornal The Independent em 2009. "São duas categorias, simples", acrescentou.
Seu gênio artístico e sua ousadia se destacaram em seus projetos complexos, como as grandes "velas" de vidro da Fundação Louis Vuitton, em Paris.
Nascido em Toronto em 1929, Gehry popularizou a arquitetura contemporânea e se tornou uma personalidade tão conhecida que chegou a aparecer na série de animação "Os Simpsons".
Em 1989, recebeu o prestigioso prêmio Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura.
"Trabalho com clientes que respeitam a arte da arquitetura", declarou em 2014, segundo seu biógrafo Paul Goldberger.
U. Schmidt--BTZ